quarta-feira, 30 de outubro de 2013

UMA MARAVILHOSA MAGIA CHAMADA MULHER : O SEU PAPEL NA SOCIEDADE

Maria, Maria
Milton Nascimento           
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!...
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria...
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho, sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê
Hei! Hei! Hei! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Ah! Hei! Ah! Hei! Ah! Hei!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!
Lá Lá Lá Lerererê Lerererê!.
Poema: As Marias do meu lugar
Carlos Victor Dantas Araújo
I
Minha terra é pequenina
Fica aqui no Ceará
No Vale do Jaguaribe 
Alto Santo aqui está
No comando das Marias
Que progride esse lugar
II
Tem Maria sertaneja
Valente feito um trovão
Daquela que desde cedo
Faz o cultivo do chão
E a Maria tratorista
Que ajuda na plantação
III
Tem Maria lá na Câmara 
Que é a vereadora
Tem Maria que cedinho
Limpa a rua com a vassoura
Tem aquela que ensina
A Maria professora
IV
A Maria forrozeira
Rodeia feito um pião
Tem a Maria louceira
Transforma o barro com a mão
E a Maria Morena
Com o corpo de violão
V
Maria que no mercado
Vende o quente e o frio
E a Maria lavadeira
Faz espuma lá no rio
E a Maria açougueira
Com a faca faz desafio
VI
Maria no hospital
A Maria enfermeira
Lá na fábrica de tecidos
A Maria costureira
E aqui na minha casa
A Maria verdadeira
VII
Lá no altar da igreja
Maria diz amém
Implora ao padroeiro
Para todos viver bem
A mãe do Menino Deus
Que é Maria também 
VIII
Ah! Se em todo lugar tivesse
Assim tantas alegrias 
E que fosse como meu
Nessa paz do dia a dia
Que faz o calor do sol 
Dar força a essas Marias
                         Aluno finalista da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro em 2008, 6° ano da E.M.E.F Urcesina Moura Cantídio, Alto Santo - CE.

sábado, 28 de setembro de 2013

Para refletir:

"A filosofia não é um longo rio tranquilo, em que cada um pode pescar sua verdade. É um mar no qual mil ondas se defrontam, em que mil correntes se opõem, se encontram, ás vezes se misturam, se separam, voltam a se encontrar, opõem-se de novo... cada um navega como pode, e é isso que chamamos de filosofar".
                                                                    Fernando Savater

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Mapa Conceitual

Helenismo

Tema para a dissertação Argumentativa:


"Não basta querer para mudar o mundo"
Todos nós temos planos, objetivos e metas para cumprirmos. Também sonhamos com o dia em que tudo se tornará realidade e que com isso o mundo mude para melhor. Mas para isso precisamos ter iniciativa, atitude e não somente força de vontade. Para iniciarmos um processo de transformação é preciso que essa mudança comece em nós. Devemos avaliar os nosso conceitos, valores e o que conhecemos deste mundo.
A busca pelo conhecimento e pelo saber devem ser requisitos indispensáveis neste desafio. Temos que aprender a ensinar, tendo a consciência de que nesse processo somos parte integrante e não meros espectadores. Na condição de professores temos que entender que devemos formar cidadãos críticos e aptos a interagirem com o mundo que os cercam de maneira construtivista, fugindo da condição de alienação e comodismo.
Para tanto é necessário colocarmos toda a nossa experiência, nossos valores, o bom senso acima do senso comum, ou seja, analisarmos o que deve e o que não deve ser transformado de uma maneira inteligente, sem causar grandes estragos no mundo. É claro que toda mudança têm o seu preço, mas até mesmo os grandes filósofos erraram quando levantaram e construíram as suas teorias. Não existe acerto sem antes haver o erro e segundo o filósofo Fernando Savater," quem não for capaz de viver na incerteza fará bem em nunca se pôr a pensar". 
Diante de tantos desafios, precisamos conhecer o contexto social em que estamos inseridos conscientes de que devemos agir de maneira reflexiva e questionadora, como verdadeiros filósofos, não no sentido de colocar um fim em determinada questão, mas procurar outras alternativas de respostas, pois ao contrário da ciência que busca explicar tudo que existe, a filosofia têm como objetivo compreender o mundo, levantando hipóteses para mudá-lo ou não.
Para querer mudar o mundo é preciso lutar adequadamente, com estratégias que busquem incansavelmente a sabedoria e assim o êxito na mudança. Esse processo de desenvolvimento e transformação social deve ser constante e a filosofia deve ser vista sempre como uma parceira indispensável.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013


Ironia e Maiêutica - Os métodos de Sócrates


Sócrates, que viveu no séc. IV a.C., enfrentou o relativismo moral no qual se degenerou a democracia grega, com um método simples: é preciso conhecer para se poder falar.
A democracia pressupunha uma isonomia ou igualdade entre os cidadãos, capacitando-os a exprimir suas opiniões e interesses em assembleia na construção da comunidade. Porém, um escândalo proporcionou a inquisição de Sócrates: o escândalo do lógos. Este perdeu seu vínculo com as coisas (sua consubstancialidade) e era ensinado como uma ferramenta que visa apenas a convencer o seu adversário (tese oposta).
Os sofistas, esses professores mercenários que ensinavam em troca de salários, diziam poder falar bem sobre qualquer assunto, pretendendo, pois, serem portadores de um saber universal. No entanto, a um homem não convém saber tudo (só a um deus). Era preciso, então, mostrar que os discursos desses pretensiosos homens eram discursos de ilusão, que convenciam pela emoção ou imaginação e não pela verdade.
Com isso, Sócrates criou um método que muitos confundem ainda hoje apenas com uma figura de linguagem. A ironia socrática era, antes de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eirein) significa mesmo perguntar. Logo, não era para constranger o seu interlocutor, mas antes para purificar seu pensamento, desfazendo ilusões. Não tinha o intuito de ridicularizar, mas de fazer irromper da aporia (isto é, do impasse sobre o conceito de alguma coisa) o entendimento.
Porém, sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício era o que ficou conhecido como maiêutica, que significa a arte de parturejar. Como sua mãe, que era parteira, Sócrates julgava ser destinado a não produzir um conhecimento, mas a parturejar as ideias provindas dos seus interlocutores, julgando de seu valor (a parteira grega era uma mulher que não podia procriar, era estéril, e por isso, dava a luz aos corpos de outra fonte, avaliando se eram belos ou não). Significa que ele, Sócrates, não tinha saber algum, apenas sabia perguntar mostrando as contradições de seus interlocutores, levando-os a produzirem um juízo segundo uma reflexão e não mais a tradição, os costumes, as opiniões alheias, etc. E quando o juízo era exprimido, cabia a Sócrates somente verificar se era um belo discurso ou se se tratava de uma ideia que deveria ser abortada (discurso falso, errôneo).
Assim, ironia maiêutica, constituíam, por excelência, as principais formas de atuação do método dialético de Sócrates, desfazendo equívocos e deslindando nuances que permitiam a introspecção e a reflexão interna, proporcionando a criação de juízos cada vez mais fundamentados no lógos ou razão.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
http://www.brasilescola.com/filosofia/ironia-maieutica-socrates.htm